terça-feira, 26 de julho de 2011

PAUSA.


Extremamente insurrecta fronte a essa incapacidade do que me é próprio. Já tinha ouvido falar que jogos de búzios, cartomantes e adivinhações podiam ser facilmente trancados. Ler aquilo que o destino escreve pode ser difícil, mas não é admissível que o seja seu escrever, certo?
Sei lá, acho engraçada a prolixidade sobre algo que me é deveras importante ou até mesmo para aquilo que me passa tão sutil – a ponto de passar aos olhos de outrem despercebido. Veja, tenho linhas com sobras de facilidade até mesmo para essa rebeldia criativa momentânea! E todo o esforço que faço para descrever cabelos negros, olhos de lince e um domínio natural? Rasgando papéis atrás de papéis, sigo nesse impasse ao qual me obrigo! Mania de poeta.
Me recuso a ter a caneta travada sobre o papel. INADIMISSÍVEL. Pode ser por conta do meu “quê” perfeccionista, mas me encontro empacada diante dessa descrição que não me sai. Todavia, nunca serei de exageros. Espero. Talvez seja por conta da estação gelada. Aguardo com narrações de sorrisos largos, ondas de cabelos em breu, ressurreição de outonos em meio ao roseiral em chuva. Papéis rasgados até que se faça Sol em Leão.

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