sábado, 3 de agosto de 2013

DO MAR.

Escrevo meu medo em sua areia
Na esperança que mandes uma onda apagar.
Fico no raso ainda que muito queira
Saber, se após o mergulho, fica maior o mar.

Se tens, no centro, um vulcão guardado por sereias,
Se tens medo que eu, navegante, venha dele me aproximar,
Saiba que medo tenho eu de me prender em suas teias.
Saiba que só não tenho receio de deixá-lo me queimar.

É noite; vejo as leves ondas que fazem dormir
O vulcão que não quer mostrar quem de fato é.
Deixe em amor, paixão e ciúmes ele explodir
Que para ti serei como lua, nua a controlar a maré.

Invejo o céu que pode, no horizonte, unir-se a ti: meu mar.
Por querer em ti mergulhar, termino por afogar-me em ansiedade.
Com os pés na água, olho a noite com medo de revelar
Que, na areia, espero que você apague a saudade.


Àquela que, já no nome, se faz poesia.

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